sábado, 16 de julho de 2011

Ontem chorei de raiva. Raiva de mim, raiva do mundo, raiva do espaço. Raiva do jeito que minha mãe falava, mesmo sendo palavras e versos sinceros. Senti raiva por ser incapaz de mudar, de ajudar a reverter as coisas, raiva por meus pés estarem presos ao chão de alguma forma. Senti vontade de acabar com tudo, senti as lágrimas escorrendo pela pia do banheiro enquanto eu via uma garota triste e sozinha no espelho, e eu não a reconhecia. O que aconteceu comigo? Cade a minha alegria? Sinto que sugarem minha criatividade, minhas energias, meu animo, mas quem? Eu vejo tudo refletido na lâmina do aparelho de barbear que me parecia tão tentador naquela hora, e eu sentia mais lágrimas caindo, inundando meu rosto, diminuindo meus olhos. E na minha cabeça, todos pensamentos eram de um alguém suicida. Obrigada Deus por ter me dado um pingo de consciência e responsabilidade naquele momento.
kz

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